DIA: Domingo, 21 de novembro de 2021
PONTO DE ENCONTRO: Rua de Canas, Medas
HORA: 8h30m | DISTÂNCIA DA CAMINHADA: 10km
DURAÇÃO: 4 horas | GRAU DE DIFICULDADE: Médio/alto
COMO CHEGAR
Saída 16 da A41, em direção a Medas.
Depois, na rotunda, sair para Medas. Depois de passar por baixo do viaduto,
virar na primeira à esquerda (rua de canas).
O local de início da caminhada fica a 700 metros
MAPA DO PERCURSO DA CAMINHADA
DESCRIÇÃO DA CAMINHADA
É um trilho pedestre de pequena rota (PR), circular, com cerca de 10 km e dificuldade média-difícil, que circunda a serra das Flores, outrora designada por serra do Açor, por ser comum observar-se aves de rapina, como o Açor. Esconde vestígios geomineiros, como ruínas de arcos, chaminés e galerias, que nos contam a história da extração mineira de antimónio e ouro, no final do século XIX, início do século XX.
Esta rota, percorre sequencialmente os caminhos que conduzem a quatro das minas exploradas, mina da Tapada, Ribeiro da Serra e Fontinha, Alto de Sobrido e Corgo. Sobe ao alto de Stª Barbara, padroeira dos mineiros, onde podemos visitar a sua capela inacabada, e desfrutar da paisagem serrana num ângulo de 360º.
A mina da Tapada e a mina de Vale Pinheirinhos ou mina dos Pinheirinhos, como é referida no Inquérito Industrial de 1890, pertenciam à mesma empresa: a Companhia das Minas da Tapada, que ficou conhecida pela gestão eficaz dos trabalhos de exploração. As duas minas estavam ligadas por um pequeno caminho-de-ferro utilizado para o transporte da matéria-prima (Carvalho, A. D., 1969).
A mina da Tapada compreendia 2 concessões com 3 centros de Lavra. Foi explorada com um único filão, tendo trabalhos subterrâneos em 14 pisos, até 270 metros, numa extensão de 500m, a maior profundidade atingida entre todas as minas de antimónio nos concelhos de Valongo e Gondomar. O ouro também foi um minério que valeu a pena ser recuperado neste filão, como revela o Inquérito Industrial de 1890, as minas da Tapada e Pinheirinhos, em conjunto, tiveram altos valores de produção em antimónio e mais tarde com o ouro.
Capela de Santa Bárbara
Este é o ponto mais alto do trilho PR 4 GDM. Alcançamos no horizonte da paisagem, as serras de Santa Iria e Banjas, em interligação com os núcleos urbanos das localidades de Melres, Lomba, Aguiar de Sousa, Vila Nova de Gaia e Porto.
Destacamos o património religioso referente às ruínas da capela de Santa Bárbara. Foi mandada construir em 1884, a pedido de José Maria Pereira de Lima, proprietário das Minas de Riba-Douro, com o intuito de prestar homenagem a Santa Bárbara, padroeira dos mineiros. Este espaço com objetivos religiosos, lamentavelmente, nunca esteve aberto a culto, pois a capela não foi concluída, encontrando-se atualmente em ruínas.