PR1 - PEDRAS, MOINHOS E AROMAS DE SANTIAGO - MARCO de CANAVESES


DIA: Domingo, 24 de novembro de 2019
PONTO DE ENCONTRO: Igreja de Soalhâes, Marco Canaveses
HORA: 8h30m | DISTÂNCIA DA CAMINHADA: 14 km
DURAÇÃO: 4 horas | GRAU DE DIFICULDADE: Médio


MAPA DO PERCURSO


Este percurso pedestre circular tem início (e fim) na Igreja românica de São Martinho de Soalhães e atravessa a inconfundível paisagem da serra da Aboboreira. A meio do percurso impõe-se uma paragem obrigatória em Almofrela, classificada como Aldeia de Portugal.

PERFIL DO PERCURSO


DESCRIÇÃO E MOTIVOS DE INTERESSE


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O percurso tem início junto à Igreja Matriz de Soalhães, decorrendo, posteriormente, numa área montanhosa (a Serra da Aboboreira) de elevado valor cultural e natural. Assim, durante o trajeto, percorrem-se caminhos antigos, ladeados por muros de pedra, muitas vezes escavados na rocha-mãe, por sua vez rasgados pelas rodas dos carros de bois. Além disto, as gentes destas terras, ancestralmente adaptadas aos ambientes rurais e vivendo em tradicionais casas graníticas de arquitetura tipicamente portuguesa, ainda cultivam o campo à força braçal e animal. Tal ambiente, calmo e pouco povoado, propicia a existência de refúgios ecológicos para inúmeras espécies da fauna e da flora. Deste modo, ao longo do itinerário os pedestrianistas percorrem bosques de carvalhos, eucaliptos e pinheiros; campos de cultivo sobranceiros às aldeias e zonas de vegetação arbustiva. Nesta linha de pensamento, é de frisar uma característica nesta zona: a utilização de ervas aromáticas na gastronomia e na medicina tradicional, tais como o rosmaninho, o alecrim, o louro, a hortelã, a salsa, o funcho, a arruda, o trovisco, a cidreira, a marcela, a arnica, os agriões e os poejos.


No âmbito da fauna, a serra da Aboboreira serve de hospedaria para várias espécies de invertebrados, destacando-se as distintas borboletas e escaravelhos, entre outros. No entanto, nesta região encontram-se ainda, aproximadamente, 68 espécies de vertebrados terrestres, não incluindo as aves, dando-se o destaque para a salamandra-lusitânica, a rã-ibérica, o lagarto-de-água e a toupeira-de-água, entre muitos outros exemplares. Relativamente aos mamíferos destacam-se o javali, o coelho bravo, a lebre, a raposa e o gato-bravo. Ao mesmo tempo, na fauna doméstica, encontram-se ovinos e caprinos, que pastoreiam na encosta da serra (permitindo a confeção do saboroso queijo fresco), assim como os bovinos, utilizado ainda nas lavouras tradicionais. Matizando a paisagem, podem observar-se grandiosos rochedos com formas finamente arredondadas, lembrando silenciosos guardiões da serra. Umas vezes são usados como escudos protetores dos temporais, justificando o facto de antigamente o povo partilhar com eles o seu lar, ao construir as suas casas a elas encostadas. Outras vezes, estes geomonumentos, pela desproporção e “equilíbrio ameaçador” em que se encontram, inclinados sobre as habitações, parecem querer recordar ao Homem a sua pequenez e a realidade da sua existência estar nas mãos do destino.


De forma colateral, é possível assistir à trituração de cereais (como por exemplo, do milho) nos moinhos de água, como o “Moinho de Balcão”. O último faz parte de um belo conjunto de onze, envolvidos por uma vegetação luxuriante e acompanhados pela Ribeira de Vinheiros, em Soalhães, e dos quais foram recuperados mais três, pela Junta de Freguesia. Apesar das suas últimas moagens terem ocorrido na década de 1970, o “Moinho de Balcão”, trabalha como antigamente.


Similarmente, para além da Igreja Matriz de Soalhães (referida inicialmente), as capelas de S. Clemente, S. Tiago, S. Brás e S. Bento do Pinhão evidenciam a presença das construções de caráter religioso em diferentes partes da paisagem deste percurso pedestre.

Adaptado de:
http://www.walkingportugal.com/z_distritos_portugal/Porto/Marco_de_Canaveses/MCN_PR1_Pedras_Moinhos_e_Aromas_de_Santiago.html



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