PATRIMÓNIO DE VILA DO CONDE - ROTA DO MOSTEIRO DE VAIRÃO

DIA: Domingo, 13 de setembro de 2020
PONTO DE ENCONTRO:
Mosteiro de Vairão
INÍCIO DA CAMINHADA:
8h30 | DISTÂNCIA: 12 Km
DURAÇÃO:
4 horas | GRAU DE DIFICULDADE: médio/baixo


MAPA DO PERCURSO


PERFIL DO PERCURSO



DESCRIÇÃO DO PERCURSO

Integrada no concelho de Vila do Conde pela divisão administrativa de 1834, as origens da freguesia de Vairão são bastante remotas, conforme indicam documentos que confirmam a sua existência já no século X. O mais antigo desses documentos, de 974, é a carta de doação da Villa Valeriani e de duas igrejas, feita pelo presbítero Romario e sua irmã Emilio ao Mosteiro de Vairão.

Mosteiro de Vairão

O mosteiro foi, durante os seus nove séculos de existência, uma instituição notável pelo número de religiosos que acolheu, pelo seu opulento património e pela riqueza do seu cartório, que produziu abundantes documentos, muitos dos quais anteriores à fundação da nacionalidade e hoje depositados na Torre do Tombo.

Referência para o excelente e raro retábulo de talha dourada, bem como os magníficos azulejos policrómicos que revestem as paredes interiores da Capela de S. João Baptista, localizada no interior da igreja do convento e cuja data de construção aponta para os séculos XIV/XV.
Já no exterior, no adro comum à igreja conventual, realce para a Capela do Senhor dos Passos, datada do primeiro quartel do século XVIII.
Subindo a rua irá encontrar, do lado esquerdo, embutidos na parede, os Passos da Via Sacra e o Cruzeiro do Largo do Mosteiro. Em frente surge a Capela de Nossa Senhora da Lapa, , cuja construção remonta ao ano de 1726.

Capela de Nossa Senhora da Lapa

Magníficas casas senhoriais confinam com o Largo da Feira, entre elas, a Quinta do Martins, datada de 1878, e a Quinta do Sá, construção setecentista. Junto a esta última eleva-se um cruzeiro, com data de construção situada entre os séculos XVI e XVII.

Aqui próximo existe o aqueduto da Quinta dos Fidalgos que acompanha o caminho.

Aqueduto da Quinta dos Fidalgos 

Seguindo pelo caminho estreito estaremos na presença da Capela de Nossa Senhora da Glória, propriedade da família Maiato.

Capela de Nossa Senhora da Glória

Mais à frente torna-se imperativo apreciar a Antela das Alminhas, monumento do tipo megalítico escavada pelo Abade Sousa Maia, pároco da freguesia e reconhecido historiador e arqueólogo.

Importante, também, é admirar a belíssima fachada da antiga Fábrica da Pólvora e, um pouco mais acima, a pequena ermida de S. Brás, antigamente conhecida como Capela de S. Brás das Cabras.

Antiga Fábrica da Pólvora

Junto à Igreja Paroquial de Canidelo, templo moderno com origens no seculo XVII, existe em acentuado estado de ruína  a Casa de Cavaleiros da Ordem de Malta, imóvel do seculo XVIII.

Nos documentos do acervo do Mosteiro de Vairão encontram-se várias referências a Gião, que atestam a existência desta terra antes mesmo da fundação de Portugal.

Igreja Paroquial de Gião

Não muito distante avista-se um belo cruzeiro setecentista e a Capela de Santo Ovídio, construída no alto do monte, com espetacular vista panorâmica,  e sobre o Castro Boi. Os vestígios deste povoado fortificado, hoje muito destruído, remontam à Idade do Ferro, anterior a romanização.

Capela de Santo Ovídio

No percurso podemos apreciar magnificas casas de Quinta, como a do Alferes, datada de 1866 e a de S. Bento, onde se encontrava instalado o Museu Agrícola de Entre Douro e Minho, entretanto desativado. Este espaço museológico foi galardoado, em 1991, pela UNESCO.

Quinta de São Bento

Para terminar, no regresso ao Largo do Mosteiros, é possível apreciar para a Capela de Santo António, anexa à Quinta de Crasto.



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